Ao começar esse artigo fui buscar a definição da amizade no meu dicionário Aurélio. Um de papel, grandão, repleto de poeira e com um cheiro forte por não ser usado há muito tempo. Confesso que ficar passando o alfabeto na cabeça para encontrar a palavra na ordem é um exercício que sinto falta já que hoje o Google conta tudo na ordem que a gente procura.Eu queria ter certeza de que a definição da internet estava correta. Pois achei que faltava um elemento essencial. E mesmo no dicionário não encontrei o que procurava. No Aurélio a primeira definição de amizade é: “Sentimento fiel, afeição; simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou por atração sexual.” Perguntei: “E onde está a virtude que une os amigos?” Entendo que a amizade sempre engloba fidelidade e estima. Mas para a filosofia isso não basta para chamar alguém amigo. Existe um elemento fundamental que precisa estar presente, e que falta, hoje, nas definições do dicionário, da internet e, principalmente, nas relações humanas. Na visão dos clássicos Na filosofia clássica a amizade é um laço muito especial entre duas pessoas. E esse laço não se baseia apenas…