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Saúde para a Alma

À medida que cresce no mundo todo o tipo de preocupações; à medida que as condições de sobrevivência tornam-se mais difíceis em muitos países; à medida que aumentam os confrontos pelos motivos mais absurdos, por mais importantes que até pareçam; apesar de tudo isto, aumenta a ansiedade na procura de uma saúde melhor. Claro que esta situação não é assim em todos os lugares da Terra. Como obter uma boa saúde quando em tantos casos quase não existe água nem alimentos, quando terríveis epidemias surgem quase sem saber de onde vêm? Referimos, no geral, aqueles países chamados desenvolvidos, onde também é difícil manter-se economicamente dentro de limites aceitáveis, nos quais, no entanto, a saúde tornou-se numa constante inquietação. E não apenas a saúde, mas também a alimentação. Assusta observar que enquanto centenas de pessoas fazem “malabarismos” para que o dinheiro chegue ao final do mês, existe uma abundância de excesso de peso e obesidade começando pelas crianças. Há quem, em contrapartida, faça da extrema magreza uma moda fascinante. Decididamente, tornamo-nos contraditórios, ou não queremos analisar aquilo que se passa à nossa volta. Vamos à melhor das situações, ou seja, ter a oportunidade de encher a cesta de compras domésticas. Estamos…

Problemas Pessoais no Caminho do Conhecimento de Si Mesmo

Quais são os problemas pessoais que surgem no caminho do conhecimento de si mesmo? Evidentemente, os que afetam a personalidade, compreendendo o conjunto de expressões físicas e vitais, emocionais e mentais. Sem menosprezar a dor de uma doença ou de um problema físico mais ou menos permanente, as circunstâncias emocionais são mais decisivas, ao ponto de serem elas que condicionam o pensamento e até mesmo a disposição física. É sabido que em mais de uma ocasião, um grande desgosto reflete-se de imediato no corpo de uma forma ou outra, enquanto bloqueia a mente para todo o raciocínio lógico e sensato. Porque temos estes problemas pessoais, basicamente emocionais? Por falta de conhecimento dos próprios mecanismos emocionais e, por conseguinte, pela impossibilidade de resolver as situações conflituosas que se apresentem. A nós, todos os humanos que vivemos neste mundo, por uma ou outra razão, apresentam-se-nos dificuldades. É algo lógico se concordarmos com os filósofos clássicos em que a vida se encarrega de nos ensinar a viver. E não é um jogo de palavras. Podemos aprender com experiências e conselhos de outros, podemos estar prevenidos em relação às conjunturas da existência, contudo nada se equipara à prática vital de tudo o que aprendemos.…

Para Onde?

Diz um velho e conhecido aforismo que assim como é embaixo é em cima. Sendo o inverso também válido, assim como é em cima é embaixo ou, o que é igual, o grande e o pequeno contêm semelhanças em sua essência. Isto, e os muitos e variados acontecimentos que os meios de comunicação nos trazem diariamente, levam-me a pensar que entre a Terra e o ser humano há uma relação inegável e que ambos vivem processos semelhantes. Na Terra, coexistem zonas de grandes inundações junto a outras de terríveis secas. Os vulcões se estremecem frequentemente, expelindo lava ou fumaça, enquanto que em alguns outros pontos do planeta restam ainda locais ocultos de extrema beleza, não maltratados pelo vandalismo turístico, nos quais tudo é tranquilidade e silêncio. No Homem existem zonas secas, partes da alma onde, se alguma vez houve flores, hoje não resta nada, porque os sonhos morreram. E também há regiões inundadas por emoções sem controle, ansiedades transbordadas, medos sem limites, correntes ingovernáveis sem nome específico; inundações que nem sempre se restringem ao subconsciente, senão que afloram como forças cegas, impossíveis de dominar. As dores, as ambições e as iras humanas tremem como os vulcões; seus instintos rugem sacudindo…

O Sentido da Beleza

“Quando há um sentido de beleza, tudo o que se faz obedecendo a esse sentido belo será. Da mesma forma, ao haver um sentido de virtude ou de retidão, a medida que se entra em ação, tudo que se faz, pensa ou sente é correto e belo”. Estas palavras tão inspiradoras, e todo o artigo do mesmo autor, são uma ode à beleza em seu aspecto mais elevado, como uma forma de se afastar dos problemas cotidianos e deixar que a alma respire livremente. Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que quando nos referimos ao “sentido” da beleza, não nos referimos a nenhum dos cinco sentidos habituais. Este é um “sentido interno”, para lhe dar um nome, que está mais relacionado com as percepções interiores e com a intuição. Esse sentido nos traz várias perguntas e também considera a Beleza sob vários ângulos, tão sutis que as palavras sempre serão pobres para expressar. O que é a Beleza? Poderíamos defini-la de uma maneira que pudesse ser válida para todas as pessoas? Não, é quase impossível defini-la porque cada um faria de uma forma diferente, de acordo com sua própria personalidade, a variação dos seus estados de ânimo, suas experiências, suas…

O Mundo tem Fome

O estado de carência absoluta para muitos seres humanos é um dos maiores males do nosso mundo. Porém, existem outros tipos de carências mais sutis, que não aparecem nas estatísticas, mas que vão minando aqueles que as sofrem. Os meios de comunicação nos acostumaram às mais macabras imagens, que refletem o estado de carência absoluta em que se encontram muitos seres humanos. A fome é como uma garra feroz que supera em muito as mais cruéis doenças e, assim como no caso desses males incuráveis, não se encontra um remédio rápido e prático para detê-la. Porém, acreditamos que a coisa vai mais além e que a fome não faz somente os corpos como sua presa, mas vai minando paulatinamente o que caracteriza a humanidade. Por isso, especificaremos alguns dos âmbitos em que a miséria é notada com mais potência. FOME FÍSICA São muitos, milhões, os que não têm nada para comer. Só na África, de acordo com as estatísticas, morreram de fome mais de trinta milhões de pessoas nos últimos anos… Poderíamos acreditar que a fome afeta quem vive em terras pobres, desérticas, e em parte é verdade. Mas também morrem de inanição quem tem terras férteis à sua disposição,…

O Fácil e o Difícil

Falamos de trabalhos difíceis, de assuntos difíceis, de situações psicológicas difíceis, de ações ou circunstâncias difíceis, de pessoas difíceis, de épocas difíceis… A lista seria infindável, e não pretendemos completá-la nem dar uma solução para cada um dos casos em tão poucas linhas. Queremos, sim, chamar a atenção sobre a posição interior de quem se enfrenta com o difícil. Quase todos reconhecem que há coisas fáceis: geralmente, são as que os demais fazem e umas poucas que cada um dos afetados cumpre satisfatoriamente. Não sei por que a maioria das pessoas pensa que “os demais” – os “não grous” do mito platônico – têm coisas fáceis para fazer, e que a vida acumula as dificuldades sobre a gente e não sobre eles. Talvez seja porque a maioria das pessoas não sabe se colocar, de verdade, no lugar das demais. Por outro lado, cada um sabe que, diante de certas situações, pode desembaraçar-se de qualquer dificuldade; cada um sabe que tem capacidade para fazer bem ou muito bem algumas tarefas. Junto a estas, se juntam muitas outras vistas como insolúveis, como metas inalcançáveis. Pensemos um pouco. O fácil em si não existe. Se perguntássemos a cada pessoa o que é que…

No Mês de Abril: São Jorge

Aqui está uma estranha figura, cujas histórias afundam tão profundamente dentro dos limites lendários que é muito difícil representá-la claramente. Mas São Jorge, inquestionavelmente, era um símbolo de tanta importância, que em diferentes épocas foi apresentado como uma bandeira da Cavalaria, Honra e Sacrifício. Os dados mais conhecidos nos falam de George, o príncipe da Capadócia, que atuou como guerreiro sob as ordens do imperador Diocleciano. Morreu em aproximadamente 303 dC, e desde então é lembrado por sua notável santidade cristã. No entanto, há um fato, mítico ou não, que o manteve fresco na memória de todos os tempos, e é a morte do dragão. Numerosas versões, algumas mais antigas que outras, nos dizem que São Jorge libertou uma princesa do ataque de um dragão, e de lá sua fama como cavaleiro invencível surgiu e de lá ele foi reverenciado como Patrono dos Cavaleiros. E é aqui que o mito apoia nossas buscas e nos ajuda a reconhecer esse herói e santo a quem nos referimos. Simbolicamente, tanto na Idade Média quanto em épocas anteriores, o Dragão é a imagem da matéria, do mal, das forças das trevas que espreitam e estão dispostas a destruir tudo com o fogo das…

Medo como Doença

Várias vezes já falamos e nunca é demais voltar a repetir: o homem está doente de medo e as consequências dessa enfermidade se manifestam em novos e piores distúrbios que aparecem a todo momento O medo é uma terrível garra que se fecha sobre os pensamentos, os sentimentos e a vontade, tirando do ser humano toda a possibilidade de ação inteligente. A atividade vital se reduz a defender-se, a escapar de tudo, a evitar as responsabilidades, a evadir-se de decisões, a esconder-se para “não chamar a atenção”; o cinza e opaco é hoje o mais apreciado e essas são precisamente as características do medo que também é opaco e cinza. Aparece nesta circunstância uma modalidade especial: a do “anti”, aquele que se opõe a todas as coisas enquanto estas coisas significam o menor esforço pessoal próprio. Todas as coisas são “más”, pois os defeitos são os primeiros que se destacam, enquanto que o medo crescente faz perder toda a oportunidade de reconhecer virtudes. Estar contra tudo – que é o mesmo que não estar a favor de nada – é uma nova expressão patológica derivada do medo. A única coisa que se sustenta como boa é o benefício próprio, a…