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A Terra chora

Há uma pergunta que nunca consegui deixar de me fazer: o que a Terra sente quando se queimam suas árvores? Se o planeta pudesse se expressar, como nos faria chegar a sua dor? Por mais ridículo que pareça, se os seres humanos variam de um lugar a outro em suas linguagens e formas de expressão, por que a Terra não deveria ter algum sistema próprio que pudesse ser compreendido pelos mais intuitivos e com mais discernimento? Se partirmos da base de que apenas os seres humanos estão conscientemente vivos, as perguntas anteriores não têm sentido. A Terra não seria mais que uma bem acondicionada rocha girando em sua órbita ao redor do Sol. Mas não posso evitar a lembrança de tantos filósofos antigos que souberam apresentar, com propriedade e clareza, seus pensamentos sobre a vida universal, que diz respeito a tudo que existe, embora se apresente sob as mais variadas formas. De acordo com isso, a Terra vive, tem seus ciclos de saúde e enfermidade, de tranquilidade e insegurança… Em sua própria escala, ela se alegra e sofre como nós. Não há provas disso? O que importa? Durante séculos, não tivemos provas das verdades científicas hoje aceitas e apoiadas em…

Sobre o desinteresse da juventude atual

Um fenômeno perceptível na juventude de todos os países ocidentais, em maior ou menor grau, é o que poderíamos chamar de desinteresse geral. Há uma tendência – em alguns lugares muito acentuada – a evitar toda forma não só de compromisso com qualquer posição espiritual, política ou religiosa, mas também de qualquer contato que não seja tangencial. Grande parte da juventude de hoje tenta passar pela vida o mais anonimamente possível. O pêndulo voltou a se mover, e daquela juventude dos anos 50 aos 70, tão inclinada a defender causas sociais e políticas, a interessar-se por fenômenos parapsicológicos ou pela sabedoria que se dizia vinda do Oriente, se passou gradualmente a esta outra juventude de meados dos anos 80, que ziguezagueia entre os grandes temas tentando não tocá-los. Há uma forma de asco por tudo ou um aburguesamento surpreendente que a torna indiferente a qualquer nova ideia ou posição. É óbvio que estamos nos referindo à generalidade, pois jovens ativos e ávidos de aventuras espirituais sempre existiram, existem e existirão. Mas hoje constituem uma ínfima minoria que se deve procurar como a uma agulha no palheiro. Tanto as pesquisas como nossa própria experiência em países de diferentes línguas e costumes,…