A natureza é um Macróbios [1] admiravelmente pensado e calculado para que as interações de seus componentes mantenham um equilíbrio, uma ecológica harmonia, onde possam conviver todos os seus elementos, em suas diferentes características de vivência e sobrevivência ativa, em todas as suas dimensões.Durante milhões de anos se mantiveram (reguladas por misteriosos mecanismos simbióticos) a pureza das águas, do ar, a natureza das pedras, as proporções de cor e radiação.Correções periódicas como as glaciações, os afundamentos, o movimento das placas continentais, a oscilação dos polos, mantiveram possibilidades aceitáveis de vida e evolução, assim como de aperfeiçoamento seletivo.Porém, o ser humano, no último século, entregue a uma alienação transformista, ébrio de produção e de consumo, obsecado por um pseudo conforto material, modificou pouco a pouco as condições, perdendo assim o equilíbrio. A acumulação dos subprodutos de uma atividade irracional, onde o movimento já não é um meio para chegar a alguma parte, senão um meio em si, apodrecidas as águas, cortados os bosques, envenenam o ar. Se o dito de que “a atividade é a lei da infância” é correto, jamais o homem foi tão infantil como agora.O sinal de alarme foi dado pelos cientistas há meio século, mas já entrou…