Contexto Ao observarmos atentamente os dias atuais, verificamos que a humanidade atravessa um contexto histórico pleno de contradições e desafios, onde ocupam posição de destaque as tensões, os conflitos, a insegurança, a indiferença, a perplexidade e principalmente o egoísmo, responsáveis por ampla manifestação de agressividade, ansiedade e angústia no âmbito das coletividades. Os males que corroem e degradam as sociedades não são uma novidade entre nós e estiveram presentes, por exemplo, na antiguidade clássica greco-romana, quando o declínio dos valores morais significou a quebra da unidade e mesmo a ruína de Impérios e Estados. No passado, a Filosofia Estoica, nascida na Grécia no século III a.C., com base nas ideias precursoras de Zenão de Cítio e logo disseminada pelo Império Romano, representou um contraponto ao progressivo quadro de deterioração de valores presente na sociedade de então. Propunha o fortalecimento dos princípios éticos como condição fundamental para o bom convívio entre os homens e para o alcance de seu supremo objetivo, a felicidade. A eudaimonia – ou a felicidade – poderia ser apenas alcançada com o domínio de si mesmo (ataraxia) que deveria ser vivida a partir da prática das virtudes. Seguiram as ideias de Zenão pensadores como Cleantes, Ariston, Zenão…