Se a evidência foi, em muitas épocas da evolução humana, um elemento de conhecimento e constatação das coisas, é evidente que a História se repete. Com aparências ligeiramente modificadas, com circunstâncias pouco variadas, são as mesmas forças, as mesmas ideias que se apresentam em um jogo de opostos que talvez contribua para o equilíbrio definitivo da evolução. Há muito tempo, cerca de 2.500 anos atrás, viveu-se na Hélade um confronto público, político e moral entre sofistas e filósofos. Pode ter parecido um evento exclusivo dessa civilização. No entanto, sempre existiram, existem e parece que continuarão a existir sofistas e filósofos. Quem eram esses sofistas da época? Eram personagens de variados conhecimentos, com excelente oratória e uma extraordinária capacidade de demonstrar uma coisa e também o contrário dessa mesma coisa. Sua função era formar os jovens atenienses para as confrontações da nascente democracia; era preciso desenvolver habilidades que se ajustassem às necessidades políticas do momento. Pouco importava a verdade ou o encontro com o divino; o determinante era a felicidade humana no presente e a variedade de opiniões diante de uma Verdade que parecia distante e inacessível. Em resposta a esse florescimento sofístico, aparece Sócrates em cena. Ele é filósofo amante…