O filósofo requer a aprovação da sua consciência. Mas, cuidado, não chamemos de consciência os simples apetites, as dúvidas sem resposta, as debilidades, a insensatez. Para que possa falar conosco e nos indicar o que é conveniente ou não, temos que despertar nossa consciência. Para isso devemos cultivar a fortaleza moral, o discernimento, a catarse dos sentimentos. Devemos agir e nos equivocar, sem medo de reconhecer os erros, sem medo de corrigir o que não é válido. Devemos passar por muitas provas para reconhecer essa voz interior como algo íntimo, estável, de acordo com nosso verdadeiro ser, voz que não se altera com o clima das paixões nem com as modas. Intuição e mística Não entendemos por mística uma simples atitude contemplativa, mas uma visão intuitiva e inteligente do mundo que nos transforma e nos leva a agir de acordo com as leis naturais. Como se conquista essa visão intuitiva e inteligente? Certamente é uma visão ou percepção que ultrapassa o intelectual e racional. É a alma, o aspecto mais elevado de nossa consciência, que percebe e pode desvelar, paulatinamente, os mistérios. Os antigos egípcios explicavam que podemos intuir ou perceber os mistérios com o coração, esse coração especial que…