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A Realeza no Egito: as dinastias divinas e humanas

Segundo a tradição, os antecessores dos faraós foram os “espíritos semidivinos”. Os faraós dinásticos e pré-dinásticos eram concebidos como ligações de uma grande cadeia de governantes divinos. Antes das dinastias humanas, houve dinastias divinas. Na religião ou mitologia egípcia, vemos que muitos deuses foram governantes do Egito. O deus Re, pelo que nos reserva dizer, reinou sobre os deuses e homens. Sucedeu-o Shu, que, cansado de reinar, deixou o poder a seu filho Geb e buscou refúgio no céu. Seu reinado foi pouco tranqüilo. O filho de Geb foi Osíris que, quando seu pai se retirou para o céu, o substituiu; e, na qualidade de rainha, sua irmã Isis. Conta-nos que, na história sagrada do Egito, Osíris teve como principal preocupação abolir a antropofagia e comunicar a seus súditos a técnica necessária para fabricar ferramentas agrícolas e a elaboração de trigo e videira, para obter produtos como o pão, o vinho e a cerveja. Fundou o culto às divindades, construiu os primeiros templos, esculpiu as primeiras estátuas, regulamentou as cerimônias e inventou inclusive – nos conta F. Guirand (3) – as duas classes de flautas que deviam servir para acompanhar o canto nas festas e solenidades. Após, edificou cidades e…

O valor do trabalho

Todos pedimos coisas para a vida. Cada um, a sua maneira, quer conquistar algo especial. Mas em nossa ingênua ignorância, consideramos que a vida nos deve de fato este favor. Que só pelo fato de existirmos já temos o direito de receber. Suponhamos que a vida nos dê alguns presentes. Encontramo-nos com as seguintes consequências: Um presente não nos custa nada. Por isso mesmo, sempre pediremos mais e mais. As coisas que não nos custam nada não possuem valor. Quer dizer, têm algum valor, porém não o conhecemos e tampouco nos importa conhecê-lo. As coisas que temos aumentam nossas fantasias e ilusões e nos dão uma falsa percepção de que as possuímos, como se determinado objeto, ou algo, fosse nosso. Também há o aumento da vaidade, porque consideramos que merecemos isso e muito mais. Os presentes que nos são dados não são obtidos por qualquer esforço, exceto – no melhor dos casos – o de agradecer pelo presente àquele que nos concede Os presentes que nos são dados tiram o sentido da generosidade. A pessoa que se acostuma a receber é lenta para dar algo de si A vida é uma corrente que flui, que está em movimento, e nós…

Criação do Mundo para os Índios Dessana

Deus criou o mundo em 7 dias…do Caos grego saíram os cinco primeiros deuses…Bhrama tudo criou…Estas são todas referências da criação mais ou menos conhecidas para a maioria de nós. A história bíblica é a mais conhecida no mundo cristão, a mitologia grega nos vem a partir de todo o legado cultural do Ocidente e já a mitologia hindu nos chega a partir do resgate mais recente da religiosidade e cultura orientais. Mas, e o que dizer dos mitos da criação dos índios brasileiros? Enquanto o distante e exótico da cultura celta ou hindu nos desperta fascínio, pouco sabemos a respeito dos mitos de nossos próprios (e distantes) ancestrais. A alma brasileira, além da influência européia e africana, tem um importante componente indígena que precisa ser resgatado e melhor conhecido. Dizia Micea Eliade (1978) que o sagrado é parte da estrutura da consciência humana e a mitologia, neste caso, seria a expressão mais evidente desta nossa relação com o sagrado, manifestando-se em todos os povos conhecidos. Assim, o olhar para a mitologia dos índios brasileiros pode representar mais um importante caminho de conexão com o sagrado e lançar luz sobre a nossa busca por padrões e semelhanças que nos revelem…