Desde os primeiros séculos do Islamismo, coexistiram dois estilos de escrita: o Cúfico, que se distingue pela natureza estática das letras e uma espécie de escrita cursiva, e o Nasji, com forma de fluidez variável. Dentro do Cúfico, encontramos o estilo de caligrafia próprio de Al-Andalus; algumas fontes árabes (Abu Haiyan al-Tawhidi, Ibn Jaldun e Ibn al-Side de Badajoz, entre outros) freqüentemente mencionam, em seus respectivos tratados, a caligrafia Andaluza como um estilo independente e particular, apesar de não definirem quais características formais correspondem a ele. Todos eles se referem ao Cúfico cordobés da época omeya, ainda que Ibn Jaldun faça referência também à cursiva Andaluza. Sobre a caligrafia de Al-Andalus, este sábio teoriza: Al-andalus se distinguiu pelo poder dos omeyas, os quais se caracterizavam por haver desenvolvido uma civilização urbana, as artes e a caligrafia, que chegou a definir-se como uma tipologia caligráfica propriamente andaluza. Contudo, em al-Andalus, o poder árabe se extinguiu e, com a posterior mescla de costumes e artes, como conseqüência da decadência da civilização urbana (que este filósofo situa dentro da história do Ocidente islâmico, no contexto do colapso da cultura andaluza), a caligrafia chegou a ser realmente ruim e imperfeita. Para a caligrafia arábica,…